23 outubro 2017

Predestinação e Livre-arbítrio

Predestinação e Livre-arbítrio - Calvinismo ou Arminianismo?


Deus salva quem ele escolhe soberanamente e então “predestina”, independentemente da vontade do indivíduo? Ou seja, a eleição só depende de Deus? Ou Deus elege quem ele conhece antecipadamente? Há algum mérito ou critério na eleição? Quais as implicações desses conceitos no pensamento cristão?
Na Bíblia podemos encontrar explicações! O assunto é teológico e diz respeito à Soteriologia (doutrina da salvação).
O que os discípulos de Calvino (francês, 1509-1564) defendem, são cinco pontos que podem ser lembrados pelo acróstico TULIP:

  • (I) T - Total Depravity  (Depravação Total);
  • (II) U - Unconditional Election (Eleição Incondicional);
  • (III) L - Limited Atonement (Expiação Limitada);
  • (IV) I - Irresistible Grace (Graça Irresistível);
  • (V) P - Perseverance of the Saints (Perseverança dos Santos).


O pecado teria afetado toda a humanidade totalmente de forma que até para dizer sim ao convite da graça de Deus, o homem não teria condição antes de uma regeneração. Note que os demais pontos derivam deste, ou seja, são implicações deste. Daí a eleição seria incondicional, uma determinação divina, baseada na Sua vontade soberana independente da atitude do indivíduo. Sendo assim, a expiação (obra realizada na cruz), seria necessariamente limitada aos eleitos. E mesmo que um eleito quisesse seguir seu próprio caminho, não conseguiria, pois a graça de Deus seria irresistível. O eleito não conseguiria se opor à graça, inevitavelmente recebendo a Cristo como salvador. E, uma vez salvo, o eleito “faça o que fizer” nunca sairia desta posição, pois assim como a graça seria irresistível para atrair, também o seria para fazê-lo perseverar. Todos estes pontos se baseiam em textos de provas e referências bíblicas.
De fato, a Bíblia fala de predestinação! A Bíblia, contudo, também fala de “livre arbítrio”, escolha e responsabilidade do ser humano. A predestinação no ponto de vista calvinista isenta o indivíduo de escolher no que concerne à salvação. É necessário concentração e perspicácia nos detalhes para compreender a doutrina da salvação inequivocamente. Uma pergunta importante é: a predestinação calvinista é a mesma Bíblica? Acreditar em uma “predestinação radical”, na qual Deus determina todas as coisas, inclusive nossas escolhas, pode implicar em responsabilizar Deus por todas as coisas, inclusive os erros da humanidade. Se Deus tivesse criado uns para “serem salvos”, necessariamente teria criado outros para “não serem salvos”, isso nos deixaria confusos quanto à sua justiça e amor. Daí algumas coisas precisam ficar mais claras! A bíblia afirma que todos nascemos na condição de pecadores. Deus dá oportunidade de arrependimento a todos? Deus é soberano, mas há coisas que Deus não faz, pois seus atributos as fazem incompatíveis com Seu caráter, como mentir e agir dolosamente. Daí a questão: Deus interfere na liberdade que Ele colocou intrinsecamente no ser humano? O livre-arbítrio diz respeito a essa liberdade, mas que o pecado também afetou! Um chamado que o homem não conseguisse resistir, não seria incompatível com a livre vontade?  
Os discípulos de Armínio (holandês 1560 - 1609) acreditam que Deus mantém o livre arbítrio do ser humano e também apresentaram seu acróstico (FACTS):

  • (I) F - Freed by grace (to belive) (Feito livre pela graça (para crer));
  • (II) A - Atonement for all (A todos a expiação);
  • (III) C - Conditional election (Condicional eleição);
  • (IV) T - Total Depravity (Depravação Total);
  • (V) S - Securiy in Crist (Segurança em Cristo).


Do primeiro ponto se compreende que Deus tem a iniciativa de convencer o pecador de sua necessidade de salvação e torna todos os homens livres para escolher receber a graça salvadora, mas sendo a graça resistível pela liberdade da Sua criatura. Isso implica em todos os demais pontos. A obra da cruz teria sido realizada para todos, mesmo que nem todos a recebam por sua própria escolha; assim, esta seria uma expiação ilimitada, não restrita aos eleitos, mas evidentemente não totalmente aproveitada pelos seres humanos em geral. A eleição, portanto, é condicional, baseia-se na pré-ciência de Deus, de quem amaria a Deus e corresponderia livremente atendendo, em arrependimento e fé (obediência), ao convite para Sua graça salvadora. A depravação total é um ponto comum aos dois sistemas, mas isso não significa que a maldade de cada um é toda possível, mas sim que o pecado afetou todas as áreas, inclusive no seu pensar e na sua vontade, contudo o homem pode desejar o bem por não perder inteiramente a imagem d’Aquele que o criou e na hora da decisão uma graça proveniente antecipa a graça salvadora que regenera, mas somente se livremente o indivíduo receber. A segurança da salvação, no arminianismo, está em permanecer em Cristo, mas parte destes acredita haver ainda a possibilidade de apostasia (afastamento), uma vez que a graça seria resistível, mas também só a própria pessoa, por sua liberdade, poderia se afastar.
Percebe-se que o sistema calvinista oferece mais segurança para quem não quer muita responsabilidade e o sistema arminiano parece dar algum mérito ao indivíduo em sua liberdade. Um calvinista radical não estaria tão preocupado com os perdidos, uma vez nada podem fazer, pois Deus já teria determinado indiretamente quem se perderia, ao escolher soberanamente quem se salvaria. Para muitos calvinistas tocar neste assunto traz algum desconforto quanto à segurança da salvação, talvez por não desejarem alguma responsabilidade quanto à mesma. A segurança em Cristo, defendida pelos arminianos deve ser entendida como uma salvação eterna, na qual Deus nunca se arrepende do “dom concedido gratuitamente”, mas não isenta o individuo de desejar e buscar permanecer em Cristo. Toda diferença entre os dois sistemas está no entendimento do momento em que a pessoa aceita a Cristo com fé e arrependimento. Para calvinistas acontece depois de regenerado (salvo), portanto independeria do indivíduo; para os arminianos, o indivíduo recebe uma capacitação (graça proveniente), para ter condição de livre-arbítrio, e responder com fé e arrependimento; em respondendo positivamente, acontece a regeneração (salvação), o ser uma nova cristura, portanto o indivíduo participa, mesmo sem mérito, do processo salvífico.
É importante entender os contextos bíblicos onde se utilizam textos de provas para não se fundamentar de forma equivocada. A Bíblia, de fato, afirma que “Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Rm 3:10,11 (total depravação) e não há dúvidas que Deus é quem toma a iniciativa para salvar, e nos escolher: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda” Jo 15:16. Isso com vista em darmos frutos que permaneçam.
Outra questão é: baseado em que, Deus escolhe? Mesmo sem merecer, há algum critério no indivíduo para a escolha de Deus? Se há uma escolha independentemente do individuo, por que então Deus não salvaria a todos? Isso implicaria em que Deus teria criado alguns para a perdição, mesmo que estes desejassem amar a Deus! O desejo de amar a Deus antes mesmo de conhecer a Cristo, é algo que Deus concede só a alguns por Sua graça? E porque não concederia a todos? Isso não seria injusto? Se, porém, todos são maus e não amam a Deus sem o agir de Deus, por que Deus faria com que alguns mudassem, pela Sua determinação, para responderem com fé, mas a outros não? Isso é compatível com o amor e justiça divinos?
Sabemos, pela Palavra, que não é Deus quem busca impedir a fé, mas satanás, que influencia aqueles que se deixam encher o coração: “Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, é naqueles que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século (o diabo) cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.” 2 Co 4:3,4. Isso foi o que aconteceu, por exemplo, com Judas. “Enquanto ceavam, tendo já o Diabo posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, que o traísse, Jo 13:2. Também, a ideia de “resistir ao Espirito da graça” pela liberdade humana é bíblica, antes de ser arminiana, como afirmou Estevão aos judeus religiosos impenitentes: “Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais.” At 7:51. Também “Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações, como na provocação.” Hb 3:15. Deus concede o livre-arbítrio, mas a decisão ainda pode ser errada, pois o homem pode não se deixar ser conduzido.
Sobre a eleição, porém, o apóstolo chega a dizer que não devemos questionar os decretos de Deus: “Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?” Ro 9:20,21. A palavra diz sobre Faraó, que Deus o endureceria. Note, porém, que Deus, pela presciência, sabia que ele não se humilharia. “Eu sei, porém, que o rei do Egito não vos deixará ir, nem ainda por uma mão forte” Ex 3:19. Assim ele se endureceu ainda mais diante dos decretos de Deus, pois reagia com sarcasmo. É importante entender o contexto da citação do apóstolo, onde há distinção entre eleição e evangelho. O evangelho é para todo o que crê. Note que o apóstolo chega a dizer que Israel seria inimigo e ao mesmo tempo amado de Deus. “Assim que, quanto ao evangelho, são inimigos por causa de vós; mas, quanto à eleição, amados por causa dos pais.” Ro 11:28.
O evangelho é uma “boa notícia” de oferta de salvação para todos, não apenas para os eleitos! Não há dúvidas que a salvação é um dom, concedido pela fé e não por obras, e que Jesus é o autor da fé salvadora, por isso grandes homens tidos como heróis da fé, como John Wesley, acreditavam que há uma libertação do arbítrio humano, uma “graça proveniente”, para que este possa responder livremente com um “sim” ou um “não” ao convite de Jesus: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” Ap 3:20. Caso respondam positivamente a essa graça proveniente, a graça salvadora se estabelece.
Há textos difíceis como: At 13.48 que parecem deixar claro que a eleição é a causa da fé. O versículo diz, “E os gentios, ouvindo isto, alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna.”. Alguns acreditam que a ordenação equivaleria à eleição desde a eternidade, não só por causa da vida que levaram até então. Essa eleição, contudo, a epístola aos Romanos aponta que sua base é a pré-ciência de Deus, conhecendo de antemão os que O amam, ou O amariam em obediência (e nisso não há mérito algum no pecador). “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou”. Ro 8:28-30. Não pelas obras, mas em aceitar a graça: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2:8-10. Note, contudo, que antes o apostolo diz que todas as coisas colaboram para o bem dos que amam a Deus, e isso a “depravação total” não impede, pois ele mesmo diz “miserável homem que sou”, “não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço”. Rm 7: 19; Quando, porém, se recebe a Cristo, e consequentemente o Espírito como selo e ajudador, tudo muda, “porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” Fp 2:13. 11 “Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade;” Ef 1:11; O critério da eleição, para serem compatíveis com a justiça e amor divinos, baseia-se, no conselho de Sua vontade, mas também, como diria Agostinho, na presciência, presciência inclusive da liberdade humana. Entendendo assim que até a profecia acontecia por determinações de Deus, mas também por presciência de Deus da participação da liberdade humana. “Eis que os céus e os céus dos céus são do Senhor teu Deus, a terra e tudo o que nela há.” Dt 10:14. E porque será que “Noé (descanso), porém, achou graça aos olhos do Senhor”. Gn 6:8 (?) Certamente Deus já sabia que Ele atenderia em obediência ao Seu comando. “Assim fez Noé; conforme a tudo o que Deus lhe mandou, assim o fez. Gn 6:22.
Panoramicamente, na Bíblia, a responsabilidade e liberdade de escolha estão presentes desde Adão e passam por Israel chegando a nós. “Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal;” Dt 30:15. “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, Amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à sua voz, e achegando-te a ele; pois ele é a tua vida, e o prolongamento dos teus dias; para que fiques na terra que o Senhor jurou a teus pais, a Abraão, a Isaque, e a Jacó, que lhes havia de dar”. Dt 30: 19, 20. E até mesmo para quem já está na fé em Cristo: “Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele.” 1Co 3:10.
A extensão da realização da Cruz (não limitada) só pode ser ineficaz para o indivíduo, se recusada pela liberdade do mesmo, pois Deus nos fez conforme a Sua imagem e semelhança, com a capacidade de escolha e decisão. Assim a expiação foi ilimitada (foi para todos): “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.” 1 Jo 2:1,2. “Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens, Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo; O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.” Tt 2:11-14.  “Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” 1 Tm 2:3-5.
Em resumo qual a diferença entre os dois sistemas em cada ponto?
Depravação total – todos herdamos o pecado e não podemos nos salvar a nós mesmos! Para calvinistas, Deus foi quem decidiu quem se salva e quem se perde, para arminianos, Deus dá oportunidade a todos decidirem se aceitam a sua graça salvadora. Para calvinistas primeiro vem a regeneração (salvação), depois a fé e arrependimento; para arminianos, primeiro uma visitação de Deus e plenas condições de liberdade para aceitar ou rejeitar a graça, se responder com fé e arrependimento, vem a regeneração (salvação).
Eleição – para os calvinistas a eleição é incondicional, baseada nos decretos de Deus que escolhe soberanamente independente da resposta do indivíduo; para arminianos a eleição é condicional, com base na presciência, pois Deus conhece de antemão quem aceitará Sua graça, e o amará em obediência à Sua vontade. Deus consegue prever até mesmo as decisões da liberdade humana, mas para o calvinista até essa “liberdade” ainda é decretada por Deus, mas essa incoerência isso não possui uma base definida, senão que é apenas uma consequência do seu pensar sistematizado.
Expiação – Necessária em ambos os sistemas. Para calvinistas, limitada aos eleitos, ou seja, não houve sofrimento desnecessário, mas apenas em prol dos escolhidos. Para os arminianos, o preço pago foi total, em favor de todos. Quando o indivíduo aceita o sacrifício, apropria-se de um preço que já foi pago por ele, portanto “não limitado” aos que aceitam, mas extensivo até aos que rejeitam, abrindo a possibilidade para todo homem que se arrepender (foi pelos pecados do mundo inteiro). Isso não significa que “nenhuma gota de sangue” foi derramada em vão, mas que o sangue de Jesus testemunha o amor de Deus por toda a humanidade.
Chamado – Para os calvinistas há uma graça irresistível na qual Deus regenera o pecador fazendo-o aceitar voluntariamente a Cristo, pois morto nos seus pecados, nunca aceitaria; para os arminianos a graça pode ser resistível, sendo responsabilidade do ser humano aceitar (ou não) o chamado de Deus; mesmo morto nos seus pecados, é convencido da sua necessidade e livre para aceitar a graça salvadora (ou rejeitar), sendo sua a escolha e responsabilidade.
Perseverança - para ambos os sistemas existe a necessidade de perseverar na fé, mas para os calvinistas, nunca o salvo abandona a fé, mesmo que tropece; mas para os arminianos, a segurança da salvação está em o salvo permanecer em Cristo, e parte dos arminianos creem que isso depende ainda do exercício da sua liberdade.
Diante do que foi apresentado, a responsabilidade de cada um, diante das suas escolhas, ainda é o que determina o seu futuro. É pegar ou largar a oferta da livre graça de Deus, e se pegando, permanecer. Isso está em consonância com inúmeros textos bíblicos como este: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor. Toda vara em mim que não dá fruto, ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado. Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Quem não permanece em mim é lançado fora, como a vara, e seca; tais varas são recolhidas, lançadas no fogo e queimadas. Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito.” Jo 15:1-7.
“E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.” Mc 12:29-31
“Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. Tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo. O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.” Jo 15:8-14
“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou.” Ro 8:28-30.
Como demonstrar que amamos a Deus, senão guardando os seus mandamentos? “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados. Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?” 1 Jo 5:3-5.
Sabemos que a Palavra afirma que Deus não tem prazer na morte do ímpio: “Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas sim em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que morrereis, ó casa de Israel?” Ez 33:11. Seria uma incoerência Deus ter criado o ímpio para esse desígnio, sem oportunidade deste escolher amara a Deus.
E claro que Jesus morreu também pelos que o rejeitam, pois fazem parte desse mundo. Isso por um lado testemunha o amor de Deus por todos, mas também testemunha a justiça, pois “Desde o sangue de Abel, até ao sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o templo; assim, vos digo, será requerido desta geração. Lc 11:51. Ainda mais que “E a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel.” Hb 12:24

Posto isso, precisamos orar, interceder e persuadir, pelo poder do Espírito, cada ser humano que ainda não conhece a graça salvadora de Jesus, para que se cumpra a vontade de Deus. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Jo 3:16.

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